quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cheguei aos 30 (Trinta)


Parece que foi ontem, brincava sem responsabilidades nas ruas do subúrbio, correndo pelas ladeiras calçadas, jogando futebol com os colegas, roubando frutas, tomando picolé, comendo besteira, indo a escola, me apaixonando pela professora de matemática, chantageando meu pai para depois do almoço pedir sobremesa, deixando minha mãe maluca dentro de casa por conta das briguinhas com meus irmãos e da bagunça gerada por nós, dos paparicos que minha vó lú costumava fazer, dos afagos das minhas tias, do carinho do meu tio, das viagens em família, enfim de tudo que é bom e dura pouco.

Com essa idade hoje não se pode esquecer-se das responsabilidades adquiridas, das inseguranças, anseios, esperança, perspectivas, da luta, do sofrimento, se bem que não vivemos só de dor hoje, esse é o curso natural da vida, mas é da mais pura compreensão a falta e a saudade da nossa infância, pois, é lá que nos abrigamos quando estamos pra baixo e tristes.

Não é tão ruim ter trinta anos, o que acontece é que você se amedronta pelo o avanço da idade e é atacado pela síndrome do Peter Pan e vive procurando abrigo em suas memórias, por outro lado você se torna respeitado com as pessoas e suas palavras são acatadas por elas, não exista mais seu pai te dando uma dura quando você falava algo que não condizia: “Cala a boca menino”! rsrsrsrsrsrs.

Portanto, cheguei aos meus trinta anos e estou muito feliz com tudo que está acontecendo em minha vida, espero chegar aos sessenta, ter a oportunidade de declarar a soma de mais trinta anos de vida e poder contar tudinho pra vocês durante esse tempo que percorrerei...

Obrigado a todos sem exceção!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Oxi, Onde estou?

Ver e não localizar,

Tatear e não sentir,

Impróprio, não devido,

Sentir o que nunca esteve,

Cheirar o inodoro,

Busca implacável,

Estar e não estar,

Se fizer presente,

Onde?

São múltiplas as escolhas,

Infinitas felicidades,

Rápidos desamores,

Tristeza,

Escuridão, frio, fome,

Teu cheiro tá aqui, aqui em algum lugar,

Nem os raios do sol clareiam tanto,

Já era o meu jardim,

As flores murcharam, a terra infértil é estéril,

Ouço passos,

Mas não me trazem o cheiro do teu amor,

Sempre quis tanto ter, tive, aliás, não tive e tive,

Eu estava lá, sempre, do teu lado,

Agora não importa mais, cadê a magia?

Nunca a houve? Pobre inocente, imagine,

Eita lá vem! Corra, corra, vamos não pare, vamos conseguir...

Segura minha mão pow, não te largarei,

Podemos recomeçar iniciar quantas vezes for preciso, as palavras lembra?

Já foram ditas? Ah não! Podemos reconstruir tudo, venha vamos!

O poeta disse: “É do jeito que a vida quer”, mas não é!

Espero-te!

É como um telhado

Assim mesmo como diz o titulo, é engraçado pensar assim, mas é obívio, sempre procuramos segurança, abrigo, proteção e representativamente o telhado é a figura mais próxima desse sentimento. Quando estamos tristes com algo e somos pequenos procuramos o telhado dos nossos pais para nos abrigar e nos proteger, quando cai uma chuva forte procuramos qualquer telhado para não nos molharmos, quando precisamos dormir necessitamos de um telhado para nos proteger do sereno, quando estamos na luta cotidiana precisamos do telhado dos céus para nos guiar.

Mas quando aparece um buraco no telhado? Aí depende do telhado, se for de telha cerâmica podemos subir e reorganizá-lo ou colocar uma manta e fim do buraco, se for de cimento amianto podemos colocar uma massa plástica e fechar o buraco por um tempo determinado, se for de palha podemos refazê-lo e fechar o buraco, se for de concreto podemos consertar com uma argamassa forte de cimento e areia e tchau buraco... Mas se o buraco insistir e continuar a se abrir? Aí não tem jeito, o que tem que se feito é a troca definitiva do telhado ou até mesmo a reconstrução de todo ele.

Entretanto a manutenção preventiva do seu telhado tem que ser feita diariamente, você tem que estar atento a tudo, as intempéries, umidade, a trababilidade da estrutura, a quantidade de anos que fora construído etc... (rsrsrsrsrsr). Assim talvez evitaremos que o mesmo venha a perecer e consequentemente deixar de nos proteger abrindo passagem pras coisas ruins.

Olhe pro telhado ou teto de onde você está agora, imagine um buraco enorme nele agora, assim do nada, você se sentiria como? Desprotegido? Agora olhe em sua volta... Olhou? Cadê a pessoas que você ama? Cuidado com seu telhado... Cuidado!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

É apenas na diagonal...

Olhar você sendo irradiada pelos primeiros raios do dia se torna uma doce visão do que a eternidade significa pra mim, dificilmente é o adorar a pessoa com quem se convive 24 horas, dificilmente é a cumplicidade entre, dificilmente é a concordância durante, dificilmente é a continuidade do amor pré estabelecido por palavras que se diziam jamais esquecidas.

É difícil lidar com ego, manias, costumes, vontades e imposições com a pessoa que está ali sempre que precisamos, mas é compensador saber que na hora do sufoco, na hora “H”, no momento em que as coisas dão errado, essa pessoa é a primeira a passar a mão na tua cabeça e dizer: “Não se preocupe, tudo vai melhorar”. E mesmo sem fidelidade as palavras ditas com tanto carinho e com muita força você, fecha teus olhos e mergulha de corpo e alma naquela confiança.

Saboroso é desfrutar de tua nobreza, é desencantar desejos adormecidos, é estar frente a frente com o perigo e pensar que estamos seguros, uma fonte inesgotável de desejo brota de dentro de ti, mas, não é totalmente sentida, pois, algo bloqueia, algo interfere, algo não nos deixa enxergar o caminho certo e por conseqüência caímos, vacilamos e não deciframos essa tortura indissolúvel.

Insaciável é a vontade de dês avessar todos os olhares inconstantes, olhares temerosos, bocas nervosas, mãos tremulas, coração a mil por hora, com medo de que tudo se esvaia, que o mar da paixão seque, que aquele sol que nasceu e se pôs não valeu a pena ser vivido, insaciável é a vontade de que existisse um simples plaft... pluft... abra cadabra... e tudo se renova, mas é preciso paixão pra se compreender que a vida sempre tem razão, que a vida nunca está errada, que ela nunca erra.

É tão doce ter você em minhas mãos, e logo vem um: “ To indo, te amo...(Beijo)... Tchau” e lá vamos nós, vamos com pensamentos sem razões, vamos procurando esconderijos, procurando soluções, buscando alegrias, buscando sentido e atordoadamente ainda nos sentimos na proteção da nossa cama na madrugada, do nosso abraço nas noites de frio, das nossas piadas sem graça, das nossas brigas sem motivos, das nossas preocupações diárias, vamos procurando entender como faremos para ter o muito do amor que temos guardado um pro outro e tentando montar esse quebra cabeças que nos foi dado.

Eu quero ser o cara da tua vida sempre, nunca medir palavras pra dizer o quanto eu te amo, nunca me posicionar defensivamente diante do teu amor, porque, você marcou minha vida, você me mostrou o quanto sou capaz de fazer alguém feliz, o quanto o amor pode ser simples, você me ensinou a amar as coisas simples, me ensinou que o amor pode estar num palitinho de picolé, numa pipoca meio queimada de panela com um belo filme de romance, numa viagem de ônibus voltando pra casa, na hora de compartilhar as preocupações e as alegrias, na compra do nosso jantar diário, no nosso bom dia, na hora de arrumarmos a casa e na hora de nos encontrarmos pra dividir nosso AP com nossas coisas espalhadas.

Saiba, muitas primaveras virão e eu quero acordar de todas elas no teu lado...

O sol nasce todos os dias pra quem quer vê-lo...

TE AMO!

limites

É impressionante o quanto nós somos limitados e ilimitados, pense comigo, não podemos saltar de um avião em pleno vôo porque se saltarmos morreremos, não podemos passar muito tempo debaixo d’água porque se ficarmos morreremos afogados, não podemos viver sem ar, pois, não se vive sem oxigênio. Por outro lado somos ilimitados na personalidade, no espírito, nas nossas próprias decisões e infindávelmente procuramos demonstrar o quanto somos superiores as pessoas que nos rodeiam, aplicando a tirania absorvida durante o processo de amadurecimento, mas o que me deixa boquiaberto é a sensação experimentada por essa pessoa num momento de explosão levando seu moral ao absurdo da excelência em denegrir, ferir, machucar e ou ate mesmo aniquilar o ego do próximo.

Pode parecer exagero, mas o fel de uma experiência deste tipo é horrivelmente amargo e crespo ao ponto de você sentir passar por sua garganta estilhaços de vidro penetrando em sua alma, consequentemente o olhar prazeroso do individuo que transmite toda essa ira ilimitada é assustador, nos levando para um lado nunca imaginável dos contos de terror das telas de cinema.

Enfim, o que eu estou querendo que vocês meus amigos entendam é que nós somos limitados de carne e osso, mas não podemos perder nossos limites quando se trata de um outro ser, afinal, acho que vocês não querem passar por situações humilhantes diante de outras pessoas, então, por que faríamos um outro ser passar por isso? Intrigante e estimulante é o pensar sobre esta abordagem da vida cotidiana, onde passamos por cima de muita gente e nem percebemos o que de errado fizemos.

É importante salientar que não conseguiríamos viver fora de nenhuma sociedade, pois, sempre precisamos de outras pessoas para qualquer tipo de relacionamento e necessidade, seja para sorrir pra nós, para nos dar a mão quando precisamos, para estar do nosso lado nos momentos difíceis ou ate mesmo nas horas de pura alegria.