Parece que foi ontem, brincava sem responsabilidades nas ruas do subúrbio, correndo pelas ladeiras calçadas, jogando futebol com os colegas, roubando frutas, tomando picolé, comendo besteira, indo a escola, me apaixonando pela professora de matemática, chantageando meu pai para depois do almoço pedir sobremesa, deixando minha mãe maluca dentro de casa por conta das briguinhas com meus irmãos e da bagunça gerada por nós, dos paparicos que minha vó lú costumava fazer, dos afagos das minhas tias, do carinho do meu tio, das viagens em família, enfim de tudo que é bom e dura pouco.
Com essa idade hoje não se pode esquecer-se das responsabilidades adquiridas, das inseguranças, anseios, esperança, perspectivas, da luta, do sofrimento, se bem que não vivemos só de dor hoje, esse é o curso natural da vida, mas é da mais pura compreensão a falta e a saudade da nossa infância, pois, é lá que nos abrigamos quando estamos pra baixo e tristes.
Não é tão ruim ter trinta anos, o que acontece é que você se amedronta pelo o avanço da idade e é atacado pela síndrome do Peter Pan e vive procurando abrigo em suas memórias, por outro lado você se torna respeitado com as pessoas e suas palavras são acatadas por elas, não exista mais seu pai te dando uma dura quando você falava algo que não condizia: “Cala a boca menino”! rsrsrsrsrsrs.
Portanto, cheguei aos meus trinta anos e estou muito feliz com tudo que está acontecendo em minha vida, espero chegar aos sessenta, ter a oportunidade de declarar a soma de mais trinta anos de vida e poder contar tudinho pra vocês durante esse tempo que percorrerei...
Obrigado a todos sem exceção!